Sua

O quente. E o suor escorrendo pelo mundo. As mãos. E o suor escorrendo pelo mundo. O gozo. E o suor escorrendo pelo mundo. Todo. O quente, as mãos, e o gozo. Pelo mundo, escorrendo. Suando e insultando. E provocando. E indo. Vindo. Pelas mãos. Do gozo. No quente. Nu.



Encontro de Egos. Y sabes bien

Apenas alguns ajustes, detalhes rotineiros. O entendimento, recíproco, devidamente não estabelecido. Mas os pactos silenciosos carecem de certos mimos cujas razões quase sempre me escapam. Não bastasse os conluios, a salsa cubana.

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Decurso
Salsa, saia, corpo, fumo, peito, mão, bunda, cheiro. E só.


Prováveis eus

— Não reconheço.
— Deve ser a imaturidade.
— Não adianta.

— Não reconheço.
— Nem mesmo de chapéu?
— Não adianta.

— Não reconheço.
— E a taquicardia?
— Não adianta.

— Não reconheço.
— Mas é um espelho!
— Por isso mesmo.

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Decurso
Eis que sussurra Jorge Luis Borges: "Todo homem é dois homens, e o mais verdadeiro é sempre o outro".
E se infinita a sensação de que, assim como o homem de furo na mão, observo-me em microscópio, aumentado dezenas de vezes, analisando batimentos e tudo o mais.


Triste fim de um homem feliz ou vice-versa

E viveu. Viveu tanto... Tanto... Que, por puro e vigoroso costume, esqueceu-se dos sonhos.