
Num certo vislumbre indeciso de mentes estranhas sobrevive uma bolha reluzente de céu. A bolha que enche e seca conforme o acaso das expectações exteriores agora se agita aviltante de pulo em pulo em sapiência de homem. “Com sapiência de homem não se pode brincar pouco”, diz o velho deitado. A bolha se eleva, mais leve que o ar, cintilante a cada empurrão de vento insistente de entendimento e esforço. Bolha ovóide. Atrito. Singela e lentamente passeia pela cabeça do homem. Homem não percebe a bolha. Vive na bolha. Não se escolhe a bolha. Encolhe-se. Posição fetal. Vislumbre transparente. Transparência invisível.