A faixada já não se azuleja, uma moitinha adorna a calçada, mas sei que é ali. Se entro, o vento já não é mais o mesmo, as correntes tomam rumos inimagináveis, mas sei que é ali. Os móveis já não se dispõem da mesma forma, as fotografias expõem rostos estranhos, os discos tocam canções irreconhecíveis, mas sei que é ali.
Até que o horizonte se faz em mim. Na cama mudada, no travesseiro mudado, no céu mudado, os sonhos nunca mudam. Já não sei mais onde estou. Chego, enfim.
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Decurso
Fujo, mas volto.
Embora o regresso seja por demais estranho.
"Não adianta nem me abandonar porque mistério sempre há de pintar por aí".
"Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais"...
2 comentários:
Ains!
Bons são os comentários lacônicos da Raquel.
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